Cotidiano
Médica lembra socorro a Ayrton Senna “Ele chegou a mim pálido, mas belo e sereno
Dra. Fiandri foi a responsável por anunciar ao mundo a morte de Ayrton Senna.

A médica Maria Teresa Fiandri parou de trabalhar no Maggiore em 2001, depois de 36 anos de serviços. Naquele 1º de maio, era a chefe do setor de Anestesia e Reanimação. Como sempre, desde que o circuito passou a receber a F1, em 1980, fazia parte das equipes de emergência que poderiam ser chamadas a qualquer momento para atendimento em casos de acidente.
Naquele 1º de maio, não precisou esperar o bip convocá-la. Quando Senna bateu, ela se levantou, vestiu o jaleco branco e já estava pronta para sair de casa rumo ao hospital quando o piloto mexeu a cabeça pela última vez.
Fiandri estacionava seu carro no pátio reservado aos médicos do Maggiore quando viu o helicóptero cor-de-laranja se aproximar. Trazia Senna e uma equipe de reanimação que tentava mantê-lo vivo. No helicóptero mesmo ele já havia recebido uma transfusão de 4,5 litros de sangue.
Ayrton tinha batido na abertura da sétima volta do GP de San Marino, a segunda sem o safety-car na pista. Seu carro, na entrada da Tamburello, guinou para a direita. Ele freou e reduziu marchas, de acordo com a telemetria. O impacto frontal, às 14h12 locais, aconteceu a 216 km/h. A barra da suspensão dianteira direita voltou-se contra o capacete, penetrou a viseira e atingiu sua cabeça pouco acima do olho direito. Ele morreu na hora. “Da pista, o doutor Gordini já tinha me avisado que havia pouco a fazer”, conta Maria Teresa.
Mas, como todo médico, Maria Teresa Fiandri fez o possível, mesmo sabendo que o quadro era irreversível. “Do ponto de vista cerebral, já não havia mais atividade imediatamente após a batida. Ele chegou ao hospital com o pulso fraquíssimo, quase sem pressão. Mas, depois, voltou ao normal. Só que não havia mais atividade cerebral, era apenas uma questão de tempo para que ele fosse legalmente considerado morto.”
Maria Teresa Fiandri, cinco filhos, três netos, todos homens, lembra de tudo, em detalhes. Ela diz ter consciência de que participou de um episódio histórico, mas não revela, no tom de voz suave e tranquilo, nenhum tipo de emoção especial, não diferente da que provavelmente teria se relatasse outros casos de pacientes que passaram por suas mãos.
E guarda, de Senna, uma imagem bem diferente daquela transmitida pelos que viram seu rosto, horas depois do acidente: “Ele chegou a mim pálido, mas belo e sereno”.
Flavio Gomes: Doutora, em que condições Ayrton chegou aos seus cuidados, logo depois de descer do helicóptero? Ele já havia recebido os primeiros socorros na pista e no helicóptero. Estava pálido, mas belo, sereno… Um jovem bonito, com os cabelos revoltos, os olhos fechados. É a imagem que guardo. Tinha um corte na testa, três ou quatro centímetros. Mais nada. Era a única ferida. Chegou ainda de macacão. Mas quando o viramos, vi que tinha muito sangue. E eu me perguntava: “Mas de onde vem tanto sangue?” Saía de trás, da base do crânio. Lembro do macacão, quando lavamos, para devolver à família, tinha tanto sangue… E eu disse à Monica, uma assistente de enfermagem: “Não podemos entregar isso a eles assim”. Mas era colocar na água e a água ficar vermelha.Ficou gravada na memória de todos aquele sangue na pista… Foi da traqueostomia. O sangue era dele.
Onde a senhora estava no momento do acidente? Em casa, assistindo à corrida pela TV. Quando vi a batida, e a cabeça dele caindo para o lado, já me vesti, antes mesmo de me chamarem. Nem esperei pelo bip. Sabia que seria necessária minha presença no hospital. Eu estava chegando com meu carro quando o helicóptero estava descendo.“Pelo movimento da cabeça, eu concluí na hora que era algo muito grave”

Já no hospital, como a notícia foi dada àqueles que estavam no 12º andar? Eu me lembro de seu irmão, não sei se ele tinha noção da gravidade da situação. Eu o levei para ver os resultados dos exames. Expliquei que já não havia mais atividade elétrica. Mas quem assumiu o controle de tudo foi uma moça, que parecia tomar as decisões naquele momento [ela se refere a Betise Assumpção, então assessora de imprensa de Senna, hoje casada com Patrick Head, um dos sócios da Williams].
A senhora tinha a percepção de que participava, de certa forma, de um momento histórico? Tinha. Mas mesmo assim, nessas horas você deixa isso de lado e segue os protocolos precisos de atendimento. A, B, C, D, todos os procedimentos. Isso ajuda a vencer a emoção. Alguns anos antes, houve um acidente de trem em Bolonha, e as primeiras vítimas que chegaram ao hospital eram crianças de 3, 4, 5 anos. Aí a disciplina é importante, senão você não faz nada. Eu fui para um canto e chorei por 30 segundos. “Agora chega”, disse. “Ao trabalho”. Com Senna, não chorei. Segurei a emoção. É uma forma de disciplina. Estávamos todos emocionados, mas isso não condicionou nosso trabalho.
Houve alguma chance de sobrevivência? Não. Quando vimos o resultado do eletro… Bem, pela lei ele não estava morto, era preciso esperar o coração parar de bater. Mas não, não havia nenhuma esperança. Foi imediata a profundidade do coma na batida.
A senhora se lembra se dormiu naquela noite?
Em dias como aquele não se dorme sem umas 20 gotas de Valium… Era um jovem, um piloto, ele em particular, um pouco herói, carismático… Eu recebi muitas cartas do Brasil, de gente me perguntando se ele tinha recuperado a consciência… As pessoas tinham necessidade de saber algo.A senhora é religiosa?
Não praticante. Mas penso em Deus, e isso ajuda. Depois vim a saber que ele era assim. Sabe, me parece que ele sempre achou que iria morrer jovem. “Morre jovem quem ao céu é caro”, dizem os mais antigos. Talvez se envelhecesse, não teria havido essa comoção. Ele deixou uma história que não deixaria se envelhecesse. É só uma opinião, mas eu acho que se ele pudesse escolher entre morrer jovem e envelhecer… Acho que pagaria esse preço.* Entrevista feita em 2004, na ocasião dos dez anos da morte de Ayrton Senna (Msn.com)
Cotidiano
Novo lote com 1.410 doses da vacina contra covid deve chegar em Palmares
Pernambuco recebeu mais 255.150 doses de vacinas contra a Covid-19.
Uma nova remessa de doses das vacinas contra a covid-19 deve chegar à Palmares, na Mata Sul nos próximos dias, isso porque o 13º lote de vacinas contra a Covid-19 chegou a Pernambuco na madrugada da última sexta-feira (16).
Conforme a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informou das novas doses recebidas em Pernambuco, 102.400 são de CoronaVac/Butantan e 152.750 de Oxford/AstraZeneca. Com esse novo quantitativo, o estado totalizou 2.276.080 doses de imunizantes contra a Covid-19 recebidas, sendo 1.742.360 da Coronavac/Butantan e 533.720 da Astrazeneca/Fiocruz.
Nesta etapa da campanha, devem ser imunizadas pessoas a partir dos 60 anos de idade (de acordo com o município), idosos e pessoas com deficiência abrigados em instituições, população indígena aldeada, povos e comunidades quilombolas tradicionais, trabalhadores de saúde e trabalhadores de forças de segurança e salvamento.

(Foto: Reprodução/PortalPE10)
Brasil
Bolsonaro diz que tomará vacina por último: “Há muita gente apavorada”
Presidente afirma que não tem presa em se imunizar e que cederá seu lugar a quem deseja se submeter logo à vacinação.
Crítico da vacina contra a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, na noite dessa sexta-feira (16/4), que pretende se vacinar “por último”, pois “há muita gente apavorada” esperando pela imunização. Ele tem 66 anos e já está apto para receber a vacina no Distrito Federal desde o dia 3 de abril. As informações são do Metrópoles.
“O que acontece, tem muita gente apavorada aí aguardando a vacina, então deixa as pessoas tomarem na minha frente. Vou tomar por último. Eu acho que essa é uma atitude louvável. Porque tem gente que não sai de casa, está apavorado dentro de casa”, disse o presidente a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
O chefe do Executivo federal, no entanto, já reiterou dezenas de vezes que não se imunizaria e fez algumas investidas contra a vacina.
Ao menos, três membros do alto escalão do governo federal já se vacinaram: o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB); o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro do GSI, Augusto Heleno.
Bolsonaro é o único presidente do G20, grupo que reúne as economias mais ricas do mundo, a ter negado, repetidas vezes, a hipótese de se vacinar.
Brasil
Vídeo: Crianças eram usadas em ritual de sacrifício para “acabar” com pandemia no Pará
Segundo os investigadores, três crianças envolvidas no ato foram resgatadas pelo Conselho Tutelar e encaminhadas para cuidados em um abrigo.
Um grupo de crianças, que estava sendo usado em um ritual religioso por uma família, foi resgatado pela Polícia Civil, na cidade de Bragança, nordeste do Pará. Conforme informações de testemunhas, no final da cerimônia macabra, as crianças seriam sacrificadas.
Ainda de acordo com pessoas que viram o ato, o objetivo do ritual seria “acabar” com a pandemia do coronavírus. As informações são do G1.
Nas imagens postadas nas redes sociais é possível ver pessoas rezando em volta de crianças, que, assustadas, gritam e choram. Ao redor, outras pessoas tentam impedir, mas são afastadas pelo grupo que praticava o ritual.
Conselho Tutelar
Acionada, a Polícia Civil foi ao local. Segundo os investigadores, três crianças envolvidas no ato foram resgatadas pelo Conselho Tutelar e encaminhadas para cuidados em um abrigo. Não foi divulgado o estado físico e psicológico das crianças.
A Polícia Civil informou, ainda, que está investigando o caso por intermédio da Superintendência Regional do Caeté, para identificar todos os envolvidos. Os policiais não confirmaram nenhuma prisão.
Uma criança CRUCIFICADA em ritual para “acabar com a pandemia”.
Brasil. 2021 https://t.co/ISHDO3cZmM pic.twitter.com/rEf7wwVLmD
— Samuel Pancher (@SamPancher) April 17, 2021
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